Administrador de Empresas, com ênfase em Gereciamento Mercadista. Com forte experiência no Varejo.

12 de fevereiro de 2014

Motivação – funcionário gato e funcionário cachorro

Estava buscando inspiração para o tema desta coluna, enquanto minha cachorra
puxava minha gata pelo cangote. Falei para o meu marido:
 “Acho que vou escrever sobre gato e cachorro, pois estou sem ideias”.
Imediatamente ele me lembrou das palestras de Daniel Godri, que falam
sobre motivação, justamente comparando a atitude do gato e do cachorro.
Ótimo tema, então, já que posso comparar e comprovar na prática o que foi
demonstrado em teoria pelo autor da palestra.
Ele alega que o gato é muito mais inteligente que o cachorro. Só que é preguiçoso.
Ele leva um tempão para acordar, se espreguiça, é lento.
Sabe de tudo o que está se passando, mas não participa.
Tenho que admitir que é a mais pura verdade.
Ele é um ser independente, só que até demais.
Se o dono sai o dia todo, quando chega tem que procurar pelo gato.
Ele não vibra com a chegada do dono, tem uma atitude introspectiva.
Ele não defende a casa em que mora, é esperto, mas foge quando percebe o perigo.
Não enfrenta. Não concordo que o gato só pensa nele, acredito que demonstra
amor de uma forma mais sutil e é mal interpretado.
É como uma timidez, então cria um clima para conseguir comida e carinho,
sem pedir, ele acaba conseguindo o que quer.
Já o cachorro é o primeiro a te receber e ama o dono incondicionalmente,
vibra quando ele chega, defende, dá a própria vida.
Ele nunca cansa, sua motivação é extraordinária.
Mesmo amarrado, ele não perde o pique.
O cachorro recebe bem não importa como a pessoa esteja.
Bem ou mal vestida, independentemente do humor.
E ele conhece seu dono de longe.
O gato guarda rancor, o cachorro não.
E tem uma capacidade fantástica de perdoar.
Por mais que o dono expulse e brigue com o cachorro ele sempre encontra
um jeito de conquistar o dono novamente. Além disso, se for bem treinado,
o cão aprende rapidamente e se orgulha quando faz a coisa certa.
A minha cachorra aprendeu vários truques e entende várias palavras e comandos
de uma forma impressionante. Eu sei que as minhas gatas também entendem tudo
o que eu falo, mas quem disse que elas obedecem?
Eu digo, “Vai para a caminha!”,
e elas dão um miado de reclamação!
Na terceira vez elas vão, mas bem revoltadas.
Eu chamo pelo nome, elas me olham como quem diz:
“Vai esperando que eu vou sair daqui só porque você quer!”
 A cachorra vem correndo, nem bem acabamos de chamar o seu nome.
O Brasil está cheio de funcionário gato.
Pessoas inteligentes, mas que não vibram, não participam, não têm iniciativa.
Precisamos de pessoas com a vitalidade e o otimismo do cachorro.
Funcionários que acreditem e defendam a empresa até o fim, que realmente se
importem, que perdoem algumas atitudes ou palavras impensadas e sempre
busquem reconquistar e encantar cada cliente.
O gato é um animal maravilhoso, mas o seu comportamento não é o ideal para
um funcionário eficiente. Uma empresa não pode admitir pessoas que chegam atrasadas,
cada dia em um horário, lentas e sonolentas, preocupadas somente com elas mesmas.
O funcionário cachorro é aquele que defende a sua empresa a qualquer custo, mesmo que alguém fale mal dela.
Ele vai procurar resolver o problema do seu cliente, vai lutar para reverter qualquer situação negativa e zelar pela imagem da empresa.
E ele conhece bem cada um de seus clientes.
Quando alguém fala mal da empresa, o funcionário gato começa a se coçar, balança a cabeça para a frente, concorda, e até diz que ouviu falar de outros casos.
Quem quer um funcionário assim? Nenhuma empresa é perfeita e nenhuma está
livre de cometer erros, mas se os seus funcionários tiverem uma atitude positiva e comprometimento, tal qual o cachorro, a solução dos problemas surpreenderá e fidelizará o cliente para sempre.

Se o funcionário tiver a inteligência do gato e a motivação do cachorro, ninguém segura.

Texto de Carla Valéria

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