Estava buscando inspiração para o tema desta
coluna, enquanto minha cachorra
puxava minha gata pelo cangote. Falei para o meu
marido:
“Acho que
vou escrever sobre gato e cachorro, pois estou sem ideias”.
Imediatamente ele me lembrou das palestras de
Daniel Godri, que falam
sobre motivação, justamente comparando a atitude do
gato e do cachorro.
Ótimo tema, então, já que posso comparar e
comprovar na prática o que foi
demonstrado em teoria pelo autor da palestra.
Ele alega que o gato é muito mais inteligente que o
cachorro. Só que é preguiçoso.
Ele leva um tempão para acordar, se espreguiça, é
lento.
Sabe de tudo o que está se passando, mas não
participa.
Tenho que admitir que é a mais pura verdade.
Ele é um ser independente, só que até demais.
Se o dono sai o dia todo, quando chega tem que
procurar pelo gato.
Ele não vibra com a chegada do dono, tem uma
atitude introspectiva.
Ele não defende a casa em que mora, é esperto, mas
foge quando percebe o perigo.
Não enfrenta. Não concordo que o gato só pensa
nele, acredito que demonstra
amor de uma forma mais sutil e é mal
interpretado.
É como uma timidez, então cria um clima para
conseguir comida e carinho,
sem pedir, ele acaba conseguindo o que quer.
Já o cachorro é o primeiro a te receber e ama o
dono incondicionalmente,
vibra quando ele chega, defende, dá a própria vida.
Ele nunca cansa, sua motivação é extraordinária.
Mesmo amarrado, ele não perde o pique.
O cachorro recebe bem não importa como a pessoa
esteja.
Bem ou mal vestida, independentemente do humor.
E ele conhece seu dono de longe.
O gato guarda rancor, o cachorro não.
E tem uma capacidade fantástica de perdoar.
Por mais que o dono expulse e brigue com o cachorro
ele sempre encontra
um jeito de conquistar o dono novamente. Além
disso, se for bem treinado,
o cão aprende rapidamente e se orgulha quando faz a
coisa certa.
A minha cachorra aprendeu vários truques e entende
várias palavras e comandos
de uma forma impressionante. Eu sei que as minhas
gatas também entendem tudo
o que eu falo, mas quem disse que elas obedecem?
Eu digo, “Vai para a caminha!”,
e elas dão um miado de reclamação!
Na terceira vez elas vão, mas bem revoltadas.
Eu chamo pelo nome, elas me olham como quem diz:
“Vai esperando que eu vou sair daqui só porque você
quer!”
A cachorra
vem correndo, nem bem acabamos de chamar o seu nome.
O Brasil está cheio de funcionário gato.
Pessoas inteligentes, mas que não vibram, não
participam, não têm iniciativa.
Precisamos de pessoas com a vitalidade e o otimismo
do cachorro.
Funcionários que acreditem e defendam a empresa até
o fim, que realmente se
importem, que perdoem algumas atitudes ou palavras
impensadas e sempre
busquem reconquistar e encantar cada cliente.
O gato é um animal maravilhoso, mas o seu
comportamento não é o ideal para
um funcionário eficiente. Uma empresa não pode
admitir pessoas que chegam atrasadas,
cada dia em um horário, lentas e sonolentas,
preocupadas somente com elas mesmas.
O funcionário cachorro é aquele que defende a sua
empresa a qualquer custo, mesmo que alguém fale mal dela.
Ele vai procurar resolver o problema do seu
cliente, vai lutar para reverter qualquer situação negativa e zelar pela imagem
da empresa.
E ele conhece bem cada um de seus clientes.
Quando alguém fala mal da empresa, o funcionário
gato começa a se coçar, balança a cabeça para a frente, concorda, e até diz que
ouviu falar de outros casos.
Quem quer um funcionário assim? Nenhuma empresa é
perfeita e nenhuma está
livre de cometer erros, mas se os seus funcionários
tiverem uma atitude positiva e comprometimento, tal qual o cachorro, a solução
dos problemas surpreenderá e fidelizará o cliente para sempre.
Se o funcionário tiver a inteligência do gato e a
motivação do cachorro, ninguém segura.
Texto de Carla Valéria
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