Caminhando em torno da praça
principal da cidade, Alberto viu um dos homens mais ricos da cidade sentado em
um dos bancos da praça, cabisbaixo, com aparência triste, e muito aflito.
Alberto teve muita vontade de parar para conversar com ele, mas como não o
conhecia pessoalmente, ficou sem jeito e decidiu continuar sua caminhada ao
redor da praça.
Em sua segunda volta, Alberto não
resistiu e aproximou-se do homem, sentou-se ao seu lado no banco, e disse:
- Desculpe incomodá-lo, mas você parece
muito preocupado.
Posso ajudá-lo em algo?
- Ah! – respondeu o homem com tristeza
– estou muito aflito porque acabo de perder a jóia mais preciosa que alguém
poderia ter.
- Poxa, que jóia é essa? – perguntou o
Alberto.
- É uma jóia como jamais haverá outra.
Ela está talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do
tempo.
É adornada por vinte e quatro brilhantes, em volta dos quais se agrupam
sessenta brilhantes menores.
Como pode perceber, é uma jóia de beleza ímpar e
que jamais poderá ser reproduzida.
- Poxa, mas você é um dos homens mais
ricos e influentes da cidade! Não seria possível que, com seu dinheiro,
se possa fazer outra jóia igual à que perdeu?
Depois de pensar um pouco, o homem
respondeu:
- A jóia perdida era um dia, e um dia
que se perde jamais se torna a encontrar.
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