Administrador de Empresas, com ênfase em Gereciamento Mercadista. Com forte experiência no Varejo.

11 de agosto de 2013

O Conselheiro e o remador

Era uma vez dois amigos que foram criados desde a infância juntos. Aprenderam a engatinhar, nadavam no rio, brincavam e faziam tudo que todos os meninos gostam de fazer juntos. Com o passar do tempo foram se distanciando, como acontece com todos os bons amigos ao saírem para a vida.
O primeiro conseguiu descobrir o prazer em aprender. Assim, investia boa parte do seu tempo nessa atividade. Nos estudos e em tudo que fazia se determinava a aprender. Fixava-se em seu propósito, fazendo primeiro o que era preciso e depois no que queria.
O segundo resolveu que não era preciso dedicar-se com  tanto cuidado. Na escola passava, mas estudava pouco. Obedecia sempre sua voz interior, fazendo primeiro o que queria e, depois no pouco tempo que lhe sobrava o que realmente era preciso.
 Certo dia o reinado abriu concurso para prestadores de serviços do rei.  Os dois amigos passaram. A sorte maior apareceu para o primeiro. Foi contratado como conselheiro do rei.
Já o segundo conseguiu serviço como remador no navio da realeza.
Um dia o rei e seus conselheiros embarcaram para uma viagem no mar. Falavam de negócios enquanto aproveitavam a brisa que soprava do mar. Enquanto isto, mais próximo da popa, os remadores suavam para fazer o navio seguir adiante. O remador vendo seu amigo de infância bem à vontade em companhia do rei. Ficou abalado e quanto mais pensava mais furioso ficava.
 Ao anoitecer, já cansado de tanto remar não se conteve e começou a resmungar para outro amigo remador: 
- Olhe aqueles inúteis. Intitulam-se conselheiros estratégicos, mas ficam à toa, 
jogando conversa fora. Por que é que temos que suar tanto para levar o navio deles adiante? Isto não é justo! Afinal, não somos filhos de Deus?" 
Ao ancorarem o navio para pernoitar. O remador foi acordado no meio da noite, por uma mão que lhe sacudia. Era o rei em pessoa e pediu: 
-   Há um barulho esquisito vindo daquela direção, apontando para a terra. 
- Não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra o que é. 
O remador pulou do navio e subiu para o alto de um morro. Voltou pouco depois 
com a informação
 - Não é nada, Vossa Majestade.
São alguns lenhadores cortando árvores, por isso tanto barulho na floresta. 
- Remador, quanto lenhadores são? 
O remador não tinha se dado ao trabalho de olhar com mais cuidado. Pulou do navio. Nadou até a praia. Correu morro acima. Voltou. - Vinte e um, Vossa Majestade.
 - Remador, que tipo de árvore é? Ele esqueceu de reparar. Lá voltou e retornou 
- Pinheiros, Vossa Majestade. 
- Remador, por que estão cortando as árvores? Lá foi ele de novo 
- Para vender, Vossa Majestade. 
- Remador, quem é o dono das árvores? De novo ele teve que voltar 
-     Disseram que é um homem muito rico, Vossa Majestade. 
-     Remador, obrigado. Agora venha comigo, por favor. 
Os dois, o rei e o remador, foram até a proa do navio e o rei acordou o amigo de infância do remador. 
- Conselheiro, há um barulho esquisito vindo daquela direção, apontou para a terra. 
Não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra o que é. 
O Conselheiro desapareceu rumo a terra e voltou pouco depois. 
- É uma equipe de lenhadores, Vossa Majestade. 
- Conselheiro, quantos são? - Vinte e um, Majestade. 
- Conselheiro, que tipo de árvore é? 
- São pinheiros, Majestade. Excelentes para construir casas. 
- Conselheiro, por que estão cortando as árvores? - Para negociar, Majestade. O reflorestamento de pinheiros é do prefeito do vilarejo. Ele realiza o corte a cada dois anos. O corte é autorizado, me mostrou o ofício.
 Ele pede desculpas pelo barulho e convida a Vossa  Majestade para o café da manhã, que será preparado especialmente para recebê-lo, Majestade.
 O rei olhou para o remador 
- Remador, ouvi seus resmungos. Sim, todos nós somos filhos de Deus. 
Mas todos os filhos de Deus têm seu trabalho para executar. 
Precisei mandá-lo 4 vezes à terra para obter respostas. Meu conselheiro foi uma vez só.

 E é por isso que ele é meu conselheiro estratégico, e você fica com os remos do navio. 

Autor Desonhecido

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