Administrador de Empresas, com ênfase em Gereciamento Mercadista. Com forte experiência no Varejo.

20 de março de 2015

Um verdadeiro líder


As cicatrizes do descontrole

Naquele dia de sol, Antônio chegou feliz e estacionou o reluzente caminhão em frente à porta de sua casa. Após 20 anos de muita economia e intenso trabalho, sacrificando dias de repouso e lazer, ele conseguiu: comprou um caminhão.   

Orgulhoso, entrou em casa e chamou a esposa para ver a sua aquisição. 
A partir de agora, seria seu próprio patrão.
Ao chegar próximo do caminhão, uma cena o deixou descontrolado. 
Seu filho de apenas seis anos estava martelando alegremente a lataria do caminhão.
Irritado e aos berros, ele investiu contra o pequeno filho. 
Tomou o martelo das mãos dele e, totalmente fora de controle, martelou as mãozinhas do garoto.
Sem entender o que estava acontecendo, o menino se pôs a chorar de dor, enquanto a mãe interferiu e retirou o pequeno da cena.
Na seqüência, ela trouxe o marido de volta à realidade e juntos levaram o filho ao hospital, para fazer curativos.
O que imaginavam, no entanto, fosse simples, descobriram ser muito grave. 
As marteladas nas frágeis mãozinhas tinham feito tal estrago que o garoto foi encaminhado para cirurgia imediata.
Passadas várias horas, o cirurgião veio ao encontro dos pais e lhes informou que as dilacerações tinham sido de grande extensão e os dedinhos tiveram que ser amputados.
De resto, falou o médico, a criança era forte e tinha resistido bem ao ato cirúrgico. 
Os pais poderiam aguardá-lo no quarto, para onde logo mais seria conduzido.
Com um aperto no coração, os pais esperaram que a criança despertasse. 
Quando, finalmente, abriu os olhos e viu o pai o menino abriu um sorriso e falou:
- Papai, me desculpe, eu só queria consertar o seu caminhão, como você me ensinou outro dia. 
Não fique bravo comigo.
O pai, com lágrimas a escorrer pela face, em desconsolo, se aproximou mais e lhe disse que não tinha importância o que ele havia feito. Mesmo porque, a lataria do caminhão nem tinha sido estragada.
O menino insistiu:
- Quer dizer que não está mais bravo comigo?
- Não, mesmo, falou o pai.
- Então, perguntou o garoto, se estou perdoado, quando é que meus dedinhos vão nascer novamente?


"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade."

Três tipos de pessoas


A roupa do novo mandarim

Há muitos séculos atrás, um homem foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China. Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas. 
Agora, seria um grande homem, uma pessoa muito importante.   
Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial, que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.
Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim.
A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.
- Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?
Paciente, o alfaiate explicou:
- A informação é preciosa.
É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada.
Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.
Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência.
Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida.
Para esse, costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás. Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços.
É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa.
Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo, para que a roupa lhe assente perfeitamente.
O homem saiu da loja, pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.


"O orgulho do saber é talvez mais odioso que o do poder."